Foi com o sentimento de Missão cumprida que, na passada semana, o Vice-almirante Gouveia e Melo deu por terminada a “sua guerra” da vacinação, à frente da Task-Force, atingindo os 85% de população com vacinação completa.
Cerca de sete meses depois de aceitar a responsabilidade de por a funcionar a maior estrutura logística alguma vez implantada em Portugal, o “Almirante da Vacinação” – como ficou entretanto conhecido -, regressa agora às suas anteriores funções militares na marinha, não sem antes lhe serem prestadas as devidas e justíssimas homenagens.
Durante estes sete meses, os portugueses, tiveram o privilégio de acompanhar de perto o extraordinário trabalho desenvolvido por uma equipa de militares que, pondo em prática o seu treino, o seu conhecimento e o reconhecido rigor militar, conseguiram, sem os tradicionais desvios ou atrasos, cumprir uma Missão que nascera torta e que se perspectivava impossível.
Ao longo dos últimos anos, muitos têm sido os que, recorrentemente, questionam o papel das nossas Forças Armadas, pondo em causa a sua utilidade e competência, e defendendo o desinvestimento nestas instituições ou mesmo a sua extinção.
Pois bem, se não sabiam para que servem as Forças Armadas, talvez agora percebam a sua importância, talvez agora a valorizem e talvez agora compreendam que as Forças Armadas são a única instituição do estado, onde a cadeia de comando funciona e onde as ordens são cumpridas com abnegação, coragem e enorme rigor.
Mas, porque as Forças Armadas não trabalharam sozinhas, importa também destacar o papel fundamental que tiveram as autarquias e o depauperado Serviço Nacional de Saúde. Também estas instituições, e aqui refiro-me apenas à realidade que conheço melhor (Cascais), tiveram um uma acção fundamental para o sucesso da Missão.
Desde logo, com a instalação em tempo recorde dos dois Centros de Vacinação (Alcabideche e S. Domingos de Rana) e com a criação de condições de apoio, conforto e tranquilidade que, estou em crer, muito contribuíram para a adesão da população.
Também as equipas dos Centros de Saúde de Cascais, tiveram um papel extraordinário na Missão, desdobrando-se entre o atendimento regular e o trabalho incessante de inoculação das vacinas, ultrapassando largamente o seu horário de trabalho.
Uma Missão que parecia impossível de cumprir, acabou por se revelar um enorme sucesso, fruto de um trabalho de coordenação, só ao alcance dos militares, liderado pelo Vice-almirante Gouveia e Melo, pela capacidade de fazer da Câmara Municipal de Cascais, liderada pelo Presidente Carlos Carreiras e pelo conhecimento técnico e espírito de missão dos Médicos e Enfermeiros do ACES Cascais, liderados pelas Drª. Ana Paula Sousa Uva e Drª Bárbara Carvalho.
Pela minha parte, quero agradecer a TODOS quantos contribuíram para que hoje possamos dizer, MISSÃO CUMPRIDA.”
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